Nos dias 17 e 19 de abril, todos os alunos, do 8º ano, do Agrupamento de Escolas de Coronado e Castro participaram numa visita de estudo interdisciplinar que envolveu as disciplinas de Físico-química, Ciências Naturais, Português e Educação Visual.

Foram dois belos dias de sol para desfrutar da beleza natural de Aveiro – Capital Portuguesa da Cultura em 2024.

No período da manhã, no âmbito das disciplinas de Físico-Química e Ciências Naturais, os alunos tiveram a possibilidade de visitar a Fábrica–Centro Ciência Viva de Aveiro, onde puderam participar em atividades  com vista à promoção da literacia e cultura científica.

Tudo é ciência, e a atividade “A cozinha é um Laboratório” comprovou isso. Com a proposta “Deste Chá Eu Gosto”, os alunos aproveitaram para fazer scones e prová-los, juntamente com o chá, enquanto, cientificamente, a conversa se desenrolava à volta da química, do chá (produção e características) e a sua distinção de infusão.

Já no “Laboratório: Escudo Solar”, produziram um protetor solar que puderam trazer para casa, enquanto eram sensibilizados para os diferentes tipos de radiação solar e os seus efeitos sobre a pele. 

No workshop “Brinquedos óticos”, exploraram o início dos filmes de animação, percebendo como se fazem as imagens em movimento, e construíram alguns brinquedos óticos.

Com as “Mãos na massa”, foi possível observar uma exposição com vários módulos interativos, incidindo sobre diferentes conteúdos científicos muitas vezes presentes no nosso quotidiano.

O almoço foi nos belos jardins de Aveiro, seguido de um passeio junto aos Canais Urbanos da Ria, onde desfilavam os coloridos Moliceiros.

De tarde, a visita decorreu no Museu Arte Nova, envolvendo as disciplinas de Português e Educação Visual. Durante 60 minutos, fez-se a visita à exposição “Pim, Pam, Pum: Uma viagem ao Século da Criança” que tem como tema central a infância e faz parte do programa “Nova Arte Nova”, que se desenvolve no âmbito de Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura. A exposição pretende, através do Museu Arte Nova, incentivar o pensamento, o estudo e a criação em torno do movimento Arte Nova, uma referência intemporal de inovação e multidisciplinaridade.

A exposição mostrou que foi com o Movimento Arte Nova que a ilustração dos livros infantis (muitos que fazem parte da nossa memória) ganhou vida e rigor. Este movimento iniciou também a preocupação com os cuidados de saúde e higiene e as melhorias na alimentação materno-infantil que marcaram os inícios do séc. XX, tal como a criação de brinquedos e vestuário para o bem-estar das crianças.

O edifício que alberga o Museu Arte Nova é um excelente exemplo desse estilo arquitetónico. A profusão decorativa da fachada, com motivos naturais (flores e animais) e formas curvilíneas estilizadas, presente nas cantarias, na azulejaria e na serralharia artística, confere-lhe o cariz Arte Nova. Foi a partir desta explicação que os alunos percorreram a cidade à procura de outros edifícios com as mesmas características, dando assim à explicação, feita no Museu, um caráter prático e um sentido de procura e descoberta.

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